domingo, 17 de abril de 2011

Caindo a Ficha

No domingo passado alguém me perguntou se a ficha já tinha caído. Não tinha.
Nas últimas semanas estive tão envolvida com os trâmites da mudança que só fui me dar conta do que estava por vir quando o avião começou a descer e pudemos avistar a cidade. Alí eu viveria nos próximos anos, um lugar onde nunca havia pisado. Meu coração acelerou, comecei a ficar apreensiva. E se eu não gostasse de Quito? E se as primeiras impressões não fossem boas?

E devo dizer que não foram muito boas, mesmo. Aeroporto minúsculo, parecido com os de cidades pequenas no Brasil, chuva e tempo feio, trânsito maluco, cidade bagunçada. O que eu tô fazendo aqui? Onde eu vim me meter? Idéia maluca essa de mudar pra um lugar que eu nem conheço! Era mais ou menos isso que eu pensava na van a caminho do hotel, enquanto o Felipe conversava animadamente com o colega da Embaixada que foi nos receber no aeroporto. 

Desembarcando no Aeroporto Mariscal Sucre

Dias nublados em Quito

Chegar ao hotel já me deixou mais feliz. Durante mais ou menos um mês, enquanto procuramos uma casa e nossa mudança viaja do Brasil até o Equador, ficaremos hospedados em um hotel próximo da Embaixada. E me surpreendi com a qualidade do nosso quarto, que é como se fosse um flat: tem sala, cozinha equipada e máquina de lavar e secar roupas. Tudo muito confortável e bastante barato, se comparado aos preços brasileiros!

Felipe na sala

Boa cozinha!

Porcolinos relaxando no quarto

Depois de almoçar e tomar um banho quentinho, vesti meu casaco mais pesado (fazia uns 12 graus!) e fomos conhecer nosso novo local de trabalho. Andando até a esquina das Calles Amazonas e Colón, onde fica a chancelaria, tivemos mais algumas demonstrações do trânsito doido da cidade. Faixa de pedestre aqui é luxo!! Seta, então...

Foi uma visita rápida na Embaixada, afinal já era fim de expediente. Tempo suficiente apenas pra conhecer os funcionários (e obviamente esquecer os nomes de quase todos) e ver onde serão nossas salas. Já eram 6 da tarde, hora de voltar pra... casa?

Uma passadinha no supermercado da esquina do hotel me deixou feliz. Quantos produtos familiares! Um brinde à globalização! Tão bom saber que não vou passar 3 anos sem queijo branco, leite condensado, maracujá, dove, doriana. Caipirinha...

Pirassununga 51 a 11 dólares!



Hoje, depois de uma semana em Quito, minhas impressões mudaram um tanto. Conhecemos lugares bonitos da cidade, o sol apareceu algumas vezes (a chuva não pára, mas dizem que depois de abril melhora), começo a me familiarizar com o castelhano. A tensão inicial deve, aos poucos, desaparecer. E quem sabe daqui a uns anos, quando for a hora de deixar o Equador para trás, eu sinta essa mesma dorzinha no coração que senti quando vi São Paulo sumir da vista enquanto o avião decolava?


Um comentário:

  1. Adorei seu apto...mais feliz ainda por estar começando a se adaptar...bjs.

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